Mauricélia era um menina pudica que possuia um coração nobre e uma alma imaculada.Certo dia, ela foi surpreendida com o amor batendo em sua porta e a convidando para viver dentro de um mundo mágico e encantado, assim como as produções dos filmes de Tim Borton.Mauricélia doou sua alma e emprestou seu coração por um tempo indeterminado e já não conseguia dominar tanto sentimento.Ela achava que dessa forma , entregando-se por inteiro , dividiria o peso que era amar tão intensamente e diminuiria a insegurança que a assolava junto ao seu seio , já que seu amor tinha a densidade dos metais pesados.Não enxergou que agindo tal como, não só despiu- se de seus mais íntimos e belos sonhos como também perdeu parte de sua identidade passando a adotar pensamentos, interesses e atitudes que outrora confundiram-se com os seus.Foi engolida pelo seu próprio sentimento e aquele sabor doce , impreguinado em suas papilas, transformou-se em um amargo que rasgou seu peito de tão corrosivo.Deixou de ver o nascer do sol como o de tons fortes de Monet e seu arco-íris já não tinha mais 7 cores.Percebeu a tristeza e a melancolia dos solitários de Kurt Halsey, pois mesmo junto, sentia-se assim.Hoje ,Mauricélia tenta caminhar com seus próprios pés , seu mundo não é mais tão poético,nem ela é mais tão pura,mas aos poucos um sorriso vai sendo construido naquele traço de rosto sem boca.Acredita no amor, não mais na fantasia do amor.Pobre Mauricélia.
engraçado sabe, eu já fui Mauricélia, aliás, quase todas as mulheres que conheço já foram.
ResponderExcluirO bom é que acaba! E a melhor parte é o desfecho, quando deixamos de ser Pobres Mauricélias e passamos a ser mulheres bem amadas e resolvidas.
Ainda bem que o mundo Gira!
Muito bom o texto. Beijãão :*
por acaso meu nome é mauricélia e eu sou uma mauricélia...pode ate acabar, mas nós nunca mais voltamos a ser a mesma pessoa, nosso coração é espedaçado, e nos tornamos árte de um grande ciclo de decepções...
ResponderExcluirisso tem que mudar!!!!
Esse desabafo nos abre espaço para falar de algo sem dúvida intrigante, nós mulheres somos obrigadas a acreditar desde meninas nas ilusões de amor e nos contos de fadas, mas ao crescer, nos deparamos com a realidade...
ResponderExcluirNão existem príncipes encantados, e os homens, não passam de animais que são criados para procriar e se alimentar do seu próprio ego!
Os homens são seres que já nascem com a incapacidade de amar, por isso é que nós mulheres somos as verdadeiras máquinas de desenvolvimento da humanidade, a nós foi dado o dom de gerar a vida, porque somos capazes de amar... E amar incondicionalmente... Nós não temos medo da entrega, não temos medo do sacrifício, não tememos a liberdade e somos capazes de abrir mão de tudo que mais amamos.
Quando nos entregamos ao amor ilusório dos homens, nos atiramos em um precipício sem medo de sermos consumidas pelo impacto da queda...
Planamos por pouco tempo imaginando que estamos a voar num êxtase de amor e felicidade que, acreditamos, que durará por uma vida inteira...
Quando finalmente percebemos que perdemos altitude... Lutamos com todas as forças para continuar na ilusão de que estamos flutuando...
Mas finalmente quando abrimos os nossos olhos, o desespero do fracasso já nos dominou, e estamos mergulhadas num abismo...
Finalmente quando a queda é inevitável e o impacto quebra todos os nossos ossos... A dor insuportável nos condena a ficarmos prostadas...
Mesmo assim em algum lugar do nosso interior uma força nos obriga a olhar para o céu... É à força do amor...
Essa força escondida no intimo do nosso ser é o que nos dá o apoio que precisamos para ficarmos de joelhos e nos arrastar em busca de continuar...
E a vontade de continuar, junto com o amor que sentimos pela vida e pelo simples fato de que ainda conseguimos respirar é o que nos faz fortes para levantar e continuar a amar!
Por isso Mulheres não acreditem quando os homens tentam nos convencer de que somos fracas...na verdade com isso eles tentam nos convencer de que eles são fortes, quando na verdade o homem...é o ser mais fraco do universo.
Mauricélia Sombra
(Estudante de Arquitetura e Urbanismo e Mulher)